segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Estimacão reúne milhares de pessoas em Votorantim

TEM NOTÍCIAS 1ª EDIÇÃO – SOROCABA/JUNDIAÍ


Milhares de pessoas aproveitaram o domingo para um passeio com o cãozinho de estimação. A festa foi em Votorantim (SP) e reuniu animais bonitos e cheios de estilo. O Estimacão também ofereceu serviços e abriu espaço para a prática da solidariedade.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Equipe da Zoonoses fará doação de animais de estimação neste domingo (30)

O Centro de Controle de Zoonoses de Votorantim, por meio da Secretaria da Saúde, fará uma doação de cães neste domingo (30), na praça de eventos Lecy de Campos, localizada na avenida 31 de Março, das 9h às 13. A ação acontecerá durante o evento Estimacão, que é realizado pela TV Tem. ONGs também levarão pets para serem adotados.


No evento haverá apresentação de cães adestrados, com demonstração de "agility"; orientação veterinária com corte de unhas, dicas de cuidados, avaliação básica de saúde, escovação de pelos, esclarecimento de dúvidas sobre doenças relacionadas aos pets, controle de parasitas, e pronto atendimento emergencial; e bate-papo no qual convidados discutirão assuntos ligados aos bichinhos de estimação.

O local terá atividades para crianças com cama elástica, brinquedos infláveis, além de distribuição de pipoca e algodão-doce.

Todos os animais disponíveis durante o evento são vacinados e medicados com vermífugo. As pessoas que adotarem terão o direito de castrá-los gratuitamente na Zoonoses. Para adotar é necessário ter mais de 18 anos, portar um documento e preencher um cadastro no local, além de assinar um termo de compromisso sobre a guarda responsável do bichinho.

A Secretaria da Saúde de Votorantim orienta que a decisão de adotar não deve ser tomada por impulso, precisa ser pensada e avaliada pela família. Os cães, por exemplo, podem viver mais de dez anos e exigem cuidados.

Secom Votorantim

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Águas de Votorantim conclui readequação no sistema de tratamento de água do bairro dos Morros

Publicado no blog Notícias da Cidade de Votorantim em 25/08/2015


A concessionária Águas de Votorantim finalizou, em agosto, os trabalhos de readequação do sistema de tratamento de água do bairro dos Morros. Dentre as principais melhorias estão os testes de vazão, a construção de uma nova casa de química, e a limpeza do poço tubular profundo que abastece a comunidade.

De acordo com o engenheiro da concessionária, André Spina, o serviço de higienização e manutenção do poço é preventivo e tem como objetivo manter a qualidade da água distribuída no município. O poço tubular profundo instalado no bairro dos Morros é responsável por abastecer uma população de aproximadamente 300 pessoas.

A unidade também recebeu uma casa de química maior, com um novo sistema de iluminação.

"Com a nova casa de química, a área ficou mais apropriada para armazenar e manusear os tambores de produtos químicos utilizados no tratamento da água", explicou André Spina.

O local passou, ainda, por reformas nos alambrados de proteção, assim como as muretas e o piso. As melhorias também têm o intuito de deixar a unidade mais segura.


Ana Claudia Cabanas
Comunicação - CAV

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Nível atual da Represa de Itupararanga não apresenta risco para o abastecimento da região

Diário de Sorocaba de 19/08/2015

Chuvas recentes contribuíram para a manutenção do reservatórioFoto: Fernando Rezende

Inverno e tempo seco são uma das características típicas do mês de agosto, porém, de acordo com a Votorantim Energia, as chuvas recentes, e muitas vezes inesperadas, contribuíram para a manutenção do reservatório da Represa de Itupararanga, onde o volume atualmente está 7% maior do que o registrado no mesmo período do ano anterior. Seus técnicos informam ainda que o nível atual da represa é de 48%, o que não representa risco para o abastecimento de água de Sorocaba, de Votorantim e de outros municípios da região que ali fazem captação do precioso líquido.


Em Sorocaba, o Sistema Autônomo de Água e Esgoto (Saae) informa que o Município possui atualmente 208.550 imóveis com ligações de água, entre residenciais, comerciais e industriais. Do volume total de água necessário para o abastecimento, o Saae capta 85% da represa de Itupararanga. De acordo com as normas estabelecidas pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), o volume de água que o Saae de Sorocaba capta é constante e não sofre alterações nos três mananciais existentes (represas de Itupararanga, Ferraz e Ipaneminha). A Autarquia explica, de sua parte, que na captação de Itupararanga, mesmo em períodos de estiagem, como o ocorrido no ano passado, o volume continua sendo o mesmo, não havendo necessidade de adotar medidas como racionamento ou rodízio de abastecimento, visto que o abastecimento público é sempre prioridade, em detrimento da água que é necessária para a geração de energia.

O Saae explicou ainda que a Estação de Tratamento de Água do Cerrado, nos altos da avenida General Carneiro, possui cinco grandes conjuntos de moto-bombas que fazem a pressurização da água diretamente para as redes públicas de distribuição e também para os 25 Centros de Distribuição existentes na cidade. Cada um desses Centros possui também um sistema de bombeamento que possibilita pressão suficiente para que a água chegue nos pontos altos de cada bairro. O mesmo ocorre com o sistema de distribuição da Estação de Tratamento do Éden, que possui duas grandes bombas de recalque.

NÍVEL 100% - O Saae também informou, por outro lado, que atualmente as represas do Ferraz e de Ipaneminha encontram-se com 100% do seu volume. No ano passado, devido ao longo período sem chuva, a represa do Ferraz, próxima ao bairro de Aparecidinha, junto à Rodovia Senador José Ermírio de Moraes (Castelinho), apresentou níveis preocupantes e a Autarquia decidiu diminuir o volume de captação e implantar o rodízio 12/12 horas, uma das únicas soluções para que não houvesse risco de esgotar o manancial e se estabelecer falta de água generalizada. 

Segundo dados do Climatempo, a previsão para os próximos dias na cidade de Votorantim, próxima à represa do Itupararanga, é de sol com nuvens durante o dia e chuva a qualquer hora.

Vereador propõe reativação da linha férrea

Folha de Votorantim

Plano Diretor tem 2ª Audiência Pública na Câmara


terça-feira, 11 de agosto de 2015

Presença de catadores no aterro repercute na Câmara

Publicado na Gazeta de Votorantim de 08/08/2015, Eduardo Gouvea
Catadores retiram materiais recicláveis do aterro sem o uso
de luvas, máscaras e botas
Foto: Werinton Kermes

A reportagem publicada na edição da Gazeta de Votorantim do último sábado (1º), denunciando a presença de cerca de 70 pessoas, inclusive muitas crianças, em condições desumanas no Aterro Sanitário Municipal de Votorantim, repercutiu na última sessão da Câmara Municipal de Votorantim. Alguns legisladores aproveitaram a palavra livre para comentar sobre o tema. O vereador Joãozinho de Queiroz (PT) questionou se o município está cumprindo algumas regras que ele mesmo estabeleceu em relação a quantidade de lixo enviada ao aterro. “Precisamos refletir sobre as questões relacionadas à geração de lixo, reciclagem, consumo, desemprego e o aterro. O aterro sanitário era para durar 30 anos, mas a Prefeitura teria que fazer a reciclagem de todo o material reciclável e, além disso, tirar outros materiais inertes para não prejudicar a vida útil do aterro. Esta Casa de Leis poderia pegar a matéria sobre a visita dos vereadores ao aterro e levar ao Ministério Público, para que se cobre do Poder Público uma providência. Temos que fazer, também, com que se cumpra as regras com relação à produção, distribuição de material e consumo, pois as indústrias também são responsáveis pelo lixo. Em relação aos catadores, posso dizer que não moramos em um pais pobre, sem energia, por exemplo, o que ocorre, é que moramos em um pais desigual”, disse.

O vereador Bruno Martins (PSDB) disse que há anos que existe a presença de catadores no local, justificando que é difícil controlar o acesso das pessoas ao local e atribuiu a elas a responsabilidade de estarem lá. “É difícil pedir para elas mudarem de trabalho. Não é uma situação fácil, porque as pessoas que estão lá, estão de livre e espontânea vontade, não tiveram oportunidades, mas quem somos nós para condená-las, tentar barrá-las, elas estão lá tirando seu pão de cada dia. Estão no destino final, onde o cheiro é maior, mas eles estão lá”, afirmou lembrando que já esteve no aterro.

Um dos vereadores a fazer parte da comitiva, Eric Romero (PPS) ressaltou que o objetivo da visita não foi para prejudicar as pessoas e sim ajudá-las. Ele também afirmou estar preocupado com a situação que encontrou classificada por ele como desumana. Ele defende uma política para dar a eles melhor condição de trabalho e a retomada das cooperativas. “Vi famílias ali, é algo que nos assustou e nos preocupa”, diz. “Alguns pediram nossa ajuda para poder adentrar ao recinto mais cedo, mas não é esse o papel do poder público e sobretudo daqueles que tem condições de fazer algo para mudar as vida das pessoas. Acho que estamos aqui para isto. Precisamos desenvolver uma política, dando a eles melhores condições de trabalho, um espaço para eles trabalharem, a retomada das cooperativas nos diversos pontos da cidade, a conscientização da população é o melhor parceiro nesse processo”. “Longe de nós prejudicarmos aquelas pessoas, pelo contrário, nós fomos lá para ajudá-las, embora possamos em determinados momentos ser mal interpretados, mas nosso objetivo foi de foi lá para ajudar e é o que vamos tentar fazer dentro das nossas possibilidades”, completa.

O tucano Pastor Tonhão ressaltou a questão da conscientização da sociedade. “É triste, mas a culpa é de quem? Jogamos a culpa no poder público, mas na verdade todos nós somos culpados, pois não separamos nosso lixo reciclável. Inclusive, nos bairros aumentou o número de pessoas que passam revirando os lixos”, comentou.

Marcão Papeleiro (PT) citou as cooperativas de reciclagem. Ele criticou o atual mandato, afirmando que houve falha na questão da manutenção e ampliação da cooperativa, questionando os investimentos do poder público na coleta seletiva. “Esse mandato falhou. Os mandatos anteriores criaram uma cooperativa. O que eles fizeram pela cooperativa? O que fizeram para ampliar a cooperativa para que essas pessoas não ficassem nessas condições? Qual o investimento que o Poder Público atual fez em relação ao aterro sanitário ou a questão da coleta seletiva”, questiona. “Se ampliassem, talvez criasse a cultura de separar os materiais, como se criou em vários bairros”, completa.


O que diz a Prefeitura

O papel da Cooperativa dos Catadores de Material Reciclável de Votorantim (Coopervot) e o suporte que a Prefeitura dá para a mesma foi um dos pontos mais citados pelos vereadores, tanto durante a visita semana passada, quando na sessão de terça-feira.

Procurado por nossa reportagem, o secretário municipal do Meio Ambiente, Carlos Alberto Leite, disse que a cooperativa é organizada por pessoas autônomas com o objetivo de fazer a coleta seletiva da cidade, tendo CNJP próprio e não cabe ao Paço fazer investimento nela. “Tudo que vem do lucro é dividido entre os próprios funcionários. Ela é tida como empresa particular”, diz.
 
Ele explica ainda que a Prefeitura tem convênio com a cooperativa ao qual ela dá suporte para que ela trabalhe. Ele ressalta que a mesma funciona em uma área pública, cedida pela Prefeitura, que arca com as despesas de água e luz e que manutenção e o combustível dos dois caminhões emprestados aos 38 cooperados também são custeadas pelo poder público.

“Então como falar que não tem aporte da Prefeitura lá?”, indaga. “A Prefeitura dá o suporte que é necessário para que essa cooperativa, com o número de funcionários que ela tem, trabalhe em uma determinada área da cidade. Hoje ela atinge em torno de 60% dos bairros com a coleta seletiva, toda ela aparada por apoio da Prefeitura”, diz.

Questionado se a Prefeitura poderia ajudar financeiramente, o secretário disse que o poder público não pode fazer determinado tipo de aportes para organizações sem que seja tudo documentado ou conveniado e que estão trabalhando para ampliar o trabalho da coleta seletiva de forma licita, com convênio entre a cooperativa e a Prefeitura e está faltando documentação por parte da Coopervot para esse convênio ser efetivado. Ele lembra que a Prefeitura trabalha na ampliação da coleta seletiva e que irá oferecer um novo galpão e mais um caminhão para assim ela poder ampliar o número de cooperados. No entanto, o secretário não estipulou um prazo para isso.

Sobre como a Cooperativa pode auxiliar os trabalhadores que trabalham no Aterro Sanitário, o secretário explicou que os interessados devem procurar a Cooperativa, preencher o cadastro e aguardar ser chamado, uma vez que a Coopervot comporta um número limitado de trabalhadores.


O papel da cooperativa

O gestor ambiental Edson Locatelli há 15 anos trabalha com os catadores de materiais recicláveis de Votorantim e atualmente é voluntário da Coopervot. Ele explicou a origem da cooperativa. “Começamos o trabalho de retirada dos catadores do lixão em 2000, na ocasião tinham mais de 70 famílias atuando no local, inclusive muitos moravam lá e se alimentavam de restos de alimentos. A cooperativa teve início nesse momento. Em 2010 saíram todos os catadores do lixão e criou-se o aterro sanitário, e não ficaram mais pessoas atuando no local, sendo que a coleta seletiva passou a ser realizada de maneira ampla, cobrindo toda a cidade”.

De acordo com ele, nos últimos anos a situação se reverteu. “Não há coleta de lixo em toda a cidade e não há impedimento da entrada do catadores no aterro. Hoje, somente 50% dos bairros da cidade recebe a coleta seletiva. Não há investimento na coleta seletiva na cidade. De acordo com um levantamento que realizei, necessitaria de R$ 1,5 milhão a R$ 2 milhões para realizar a coleta seletiva em toda a cidade, com um novo barracão, seis caminhões e equipamentos”, estimou. “O único investimento que teve foi na época da criação da cooperativa com a construção de dois barracões. De lá para cá, houve investimentos pontuais. Um dos caminhões veio em 2000 de um deputado federal e o outro foi decorrente do programa município VerdeAzul”, salientou.

 Locatelli, analisa a situação sob vários ângulos, do econômico ao social. “Hoje, 26 toneladas de lixo reciclável são encaminhados ao aterro sanitário, o que gera custos para aterrá-lo. Estamos aterrando dinheiro, sem contar que estamos perdendo em vida útil do aterro. A cooperativa coleta cerca de 130 toneladas de materiais recicláveis, gerando por mês um faturamento de R$ 45 mil. Cada catador recebe R$ 1200,00 por mês, não dependendo de doação de alimentos e solidariedade de ninguém”, afirmou.

Sobre o fato da Cooperativa ser um órgão autônomo, Locatelli salienta que a Cooperativa sempre busca outras parcerias, e diz que o benefício do trabalho realizado pelos cooperados favorece diretamente a municipalidade. “O Instituto Coca-Cola firmou uma parceria conosco, cumprimos as metas, recebemos verba para comprar camisetas e recebemos concreto para concretar parte da nossa Cooperativa. Em 2013 ganhamos o prêmio EcoPET na cidade de São Paulo, onde ficamos em segundo lugar. Mas precisamos de mais investimentos, pois trata-se de um trabalho em prol da sociedade que beneficia diretamente a Prefeitura, que deixa de realizar a coleta desse material”, finalizou.

Apesar das placas de proibição, lixo continua sendo jogado na estrada do Lageado

Notícia publicada na Edição Nº130, de 8 a 14 de agosto, no Jornal da Gazeta de Votorantim, Eduardo Gouvea

É possível verificar lixo espalhado próximo à placa

Recentemente, a Prefeitura de Votorantim colocou placas informando da proibição do descarte de lixo e entulho na estrada do Lageado, no trecho entre as Avenidas 31 de Março e Cláudio Pinto Nascimento, inclusive alertando que o infrator está sujeito à multa e um telefone de denúncias.

Porém, isso parece não ter inibido a prática, inclusive com materiais sendo jogados bem em frente às placas, mostrando que as pessoas ainda não se conscientizaram ou não temem as possíveis punições. No local encontra-se um pouco de tudo: entulho, móveis velhos, lixo e até animais mortos. O pouco fluxo de carros e pessoas contribui para o descarte irregular do lixo.

E contato com nossa reportagem, a Secretaria de Serviços Públicos informou que, com a colocação das placas foi observada uma redução na quantidade de lixo e entulho descartados no local. A fiscalização é realizada pela Sesp em horários alternados. Existe legislação que proíbe deposição de lixo e entulho em toda a cidade e, quem for flagrado desrespeitando essa proibição vai ser autuado e responder na forma da lei. A Prefeitura solicita o apoio da população para que denuncie os infratores através do telefone 3353-8646. 

Câmara aprova Lei que regulamenta a instalação de antenas de Telefonia Celular

Publicado no blog Notícias da Cidade de Votorantim em 06/08/2015

A Lei especifica normas e obrigações, no caso da instalações 
de novas antenas, como exemplo: Não poderá ser instalada 
a menos de 50 metros de residências construídas.
Durante a sessão plenária realizada na última terça-feira (04), a Câmara Municipal aprovou por unanimidade, o Projeto de Lei n° 024/15, do Presidente da Câmara, vereador Eric Romero (PPS), no qual visa a criação de regras para instalação, operação, infraestrutura e níveis de radiação gerados por antenas transmissoras de telefonia celular.

A proposta foi apresentada em maio deste ano e entrou para discussão e votação na primeira sessão do semestre, após receber todos os pareceres favoráveis, inclusive do Departamento Jurídico da Casa. Em sua justificativa, o autor do projeto citou que diversas cidades já são regulamentadas e mediante a situação enfrentada pela cidade, Votorantim também precisa com urgência desta determinação, pois as concessionárias responsáveis sabem desta falta de regulamentação e instalam suas antenas transmissoras sem qualquer especificação.

"A cidade não possui legislação própria a esse respeito. Empresas instalam antenas transmissoras de telefonia celular no município sem qualquer especificação. Ao apresentar esta proposta, adaptamos a realidade do nosso município, com a intenção de obter um melhor funcionamento e prevenção de problemas de saúde pública, pois sabemos da importância da telefonia celular na vida das pessoas, que assim como a internet. No entanto, estudos científicos mostram que as radiações emitidas pelas antenas de telefonia podem ser nocivas à saúde das pessoas", reforçou o Ver. Eric Romero, presidente do Poder Legislativo.

O vereador Heber Martins (PDT) também usou a palavra para acrescentar que durante esta semana recebeu informações de uma munícipe do Jardim Tatiana, das quais uma empresa de telefonia instalou uma antena transmissora há cerca de 20 metros de distância de um local onde há residências, o que pode acarretar riscos de contaminação de radiação, níveis de ruídos e além do perigo de cair.

De acordo com o Projeto de Lei, as concessionárias ficam sujeitas às condições estabelecidas por meio da Organização Mundial de Saúde, normas segundo as exigências da ANATEL e distâncias mínimas a fim de garantir a segurança da população, autorização para funcionamento, alvará, critérios para instalação, além de promover a ordem urbana no município.

Dentre os artigos estabelecidos são descritos que as instalações de antenas deverão operar na faixa de frequência de 30 kHz (trinta quilohertz) a 300 GHz (trezentos gigahertz) sem ultrapassar 435 µW/cm² (cem microwatts por centímetro quadrado), para a exposição de 24 horas por dia. Também será proibido instalar antenas transmissoras de telefonia celular a menos de 100 metros, a partir da extremidade da base da antena até os hospitais e instituições de educação infantil e a menos de 50 metros de casas já construídas.

Já, na zona rural será estabelecido um afastamento mínimo, entre a borda da estrada e a base da antena, igual ou superior à altura da mesma, acrescido de faixa de recuo prevista para alargamento de via, quando houver, e deverá ter distância mínima de mil e quinhentos metros de outra antena ou torre transmissora.

No projeto, ainda são citados que as concessionárias terão o prazo de 12 meses para cumprirem a determinação da Lei, sendo que estarão sujeitas à autorização prévia da Secretaria de Obras e Urbanismo (SOURB) que emitirá alvará de licença para as instalações e auto de vistoria para fins de operação quanto ao projeto.

O Presidente da Câmara, vereador Eric Romero ainda afirmou que a instalação das antenas transmissoras também deverão ocorrer com o mínimo de impacto paisagístico, buscando assim a harmonização estética com a edificação e a integração dos equipamentos à paisagem urbanística e o nível de ruído também deverá ser medido no limite das propriedades residenciais ou propriedades comerciais, obedecendo às legislações específicas, municipal, estadual ou federal, prevalecendo a mais restritiva.

Agora, o projeto segue para ser sancionado pelo prefeito e deverá entrar em vigor a partir de sua publicação.


Mau cheiro incomoda na principal Avenida de Votorantim

Publicado no blog Notícias da Cidade de Votorantim em 06/08/2015
Mau cheiro nos contêineres da Avenida 31 de março vira,
mais uma vez, motivo de reclamação entre os munícipes. 
Em atenção às reivindicações dos moradores e comerciantes de Votorantim, o Presidente da Câmara, Eric Romero (PPS) reforçou o requerimento que já havia sido apresentado em 2013 para que sejam averiguados os contêineres da Avenida 31 de Março, no centro.

A queixa é proveniente do mau cheiro exalado dos contêineres, principalmente, após a coleta do lixo feita pela empresa responsável. Desde aquele ano não houve nenhuma resposta para a solução do problema, que continua até os dias de hoje incomodando a todos que transitam pela principal avenida da cidade, uma das mais movimentadas da cidade e local de intenso comércio.

Os moradores e os comerciantes, assim como o vereador reconhecem uma grande evolução desde que os contêineres foram instalados nas ruas, já que antes o lixo ficava na calçada aumentando o risco para a saúde pública. No entanto, o mau cheiro que permanece neles após a coleta do lixo se tornam cada vez mais insuportável, causa das reclamações constantes dos munícipes de Votorantim.
  
Na época, o prefeito, por meio do ofício n° 1066/2013-CM, informou que o pedido teria sido encaminhado ao setor responsável pela coleta de lixo, porém, sem respostas até hoje. O vereador reiterou o pedido em mais uma tentativa para resolver a questão e solicitou para que seja verificado o procedimento de higienização desses contêineres e, de que maneira é realizado para que possam ser tomadas as devidas providências. Também sugeriu maior frequência da limpeza durante a semana, ou até a troca do produto utilizado para que obtenha um melhor resultado em relação à higienização (Req. 256/15).

Operação Mata-fogo auxilia bombeiros no combate às queimadas em Votorantim

Folha de Votorantim de 06/08/2015


Votorantim inicia construção do 1º Ecoponto monitorado


sábado, 8 de agosto de 2015

Queimadas na região aumentam 84% em julho

Jornal Cruzeiro do Sul, Ana Cláudia Martins
Na noite de segunda-feira, um incêndio consumiu uma 
área de vegetação na zona industrial de Sorocaba
 - PEDRO NEGRÃO / ARQUIVO JCS (3/8/2015)
O número de queimadas na região aumentou em 84% em julho deste ano, em relação ao último mês de junho: foram registradas, respectivamente, 81 e 44 ocorrências, segundo dados do Corpo de Bombeiros de Sorocaba. Somente nos quatro primeiros dias de agosto foram registradas 16 ocorrências na cidade e região: sendo 13 na cidade, e três nos municípios de Votorantim, Araçoiaba da Serra e Salto de Pirapora. A mesma situação se repetiu no mesmo período do ano passado: 72 queimadas em julho, e 58 em junho.
 
Na noite de segunda-feira, um incêndio consumiu uma área de vegetação na zona industrial de Sorocaba, entre a avenida Hollingsworth e a rodovia Senador José Ermírio de Moraes (SP-75), a Castelinho, mobilizando duas equipes dos Bombeiros. Também foram registradas ocorrências nos bairros: Jardim Morumbi, Parque São Bento, Parque Tecnológico, Jardim São Paulo, Jardim Astro, Bairro dos Morros, Fazenda Alteza, Piazza Di Roma, Wanel Ville 2, Alto da Boa Vista.

Operação Mata-Fogo auxilia Corpo Bombeiros no combate às queimadas

Publicado no blog Notícias da Cidade de Votorantim em 05/06/2015
Equipe mantida pela Prefeitura já atuou em mais de 30 casos nesse período.
Ação continua até o dia 30 de setembro.
Criada com o propósito de auxiliar o Corpo de Bombeiros no combate às queimadas no período de estiagem, a equipe da Operação Mata-Fogo, mantida pela Prefeitura de Votorantim, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, já atuou em dezenas de chamados para o combate de fogo em mato, desde o dia 1º de junho deste ano. Anualmente a equipe trabalha no apoio aos Bombeiro no período de junho a setembro. O objetivo da operação é evitar que pequenas queimadas atinjam maiores proporções devido ao clima seco.


A equipe da Operação Mata-Fogo conta com quatro agentes e tem a estratégia de combater focos iniciais de queimadas em pastagens e terrenos baldios, por exemplo. "Quando o foco se torna grande, é chamada a equipe do Corpo de Bombeiros", elucida o secretário de Meio Ambiente, Carlos Alberto Leite. A ação acontece anualmente e, em 2015, prosseguirá até dia 30 de setembro.

Neste ano, para ser utilizada pela Patrulha Verde e Operação Mata-Fogo, a Sema recebeu uma caminhonete Hilux, 4x4 turbo, como resultado da certificação de Votorantim no Programa Município VerdeAzul do ano de 2013 e adquirida com recursos do Fundo Estadual de Prevenção e Controle da Poluição (Fecop). Além disso, foi recebido o kit de combate às queimadas composto por um tanque de 700 litros de água, motobomba, mangueira, abafadores, bombas costais, enxadas, facões, cantis de água, lanternas, capacetes, óculos, máscaras e luvas de proteção.

"O veículo auxiliará do mesmo modo a Patrulha Verde, outra ação da Prefeitura, a qual fiscaliza crimes ambientais, depósito irregular de entulho, corte irregular da vegetação, entre outros", explica o diretor de Planejamento e Educação Ambiental, Ricardo Naccarati.

No ano passado, de junho a setembro, a equipe do Mata-Fogo combateu 89 focos de incêndio, ou seja, não deixaram que aquelas queimadas atingissem maiores proporções, o que poderia prejudicar a flora e fauna nativas, bem como a saúde da população. Até o final do mês de julho deste ano, a Operação Mata-Fogo extinguiu 33 queimadas de pequenas ou médias proporções em Votorantim.

De acordo com o controle das ocorrências elaborado pelo 15º Agrupamento do Corpo de Bombeiros de Votorantim, por diversas vezes a equipe da Prefeitura atuou em três queimadas num único dia, principalmente em pastagens e em acúmulos de resíduos sólidos. Nestes dois meses, os bairros onde a equipe mais tem recebido chamado são: Votocel, Jardim Bandeirantes, Vila Garcia, Parque Bela Vista, Mirante dos Óvnis e região Central.

Vale ressaltar que a legislação proíbe, sob qualquer forma, o emprego de fogo em terrenos públicos ou particulares, localizados dentro dos limites territoriais do Município de Votorantim, nas zonas urbana ou rural, para fins de limpeza de terrenos, queima de mato ou vegetação seca ou verde e queima de outros resíduos sólidos, inclusive lixo e entulhos. As denúncias podem ser feitas pelo telefone 193 do Corpo de Bombeiros ou na Sema pelos telefones 3343-4076 ou 3243-5612.

Secom Votorantim

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Votorantim inicia construção do 1º Ecoponto monitorado

Publicado no blog Notícias da Cidade de Votorantim em 04/08/2015


A Prefeitura de Votorantim, por meio da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), iniciou na última semana a construção do 1º Ecoponto monitorado e ser implantado na cidade. O espaço de aproximadamente 300 m² de área construída será em área anexa ao futuro Parque do Quatis, com acesso pela avenida José Gonçalves Romero, no Jardim Europa. Outros três bairros: Parque Bela Vista, São Matheus e Tatiana também receberão o dispositivo para que a população possa depositar os materiais inservíveis de maneira correta e de acordo com a legislação ambiental.

O ecoponto estrutural e monitorado, será utilizado para que os moradores dessas regiões possam depositar diversos tipos de resíduos a serem reencaminhados para os projetos de gerenciamento de resíduos já praticados pela Sema, bem como para o futuro aterro de inertes.

O Secretário de Meio Ambiente, Carlos Alberto Leite, explica que nessa primeira etapa serão construídos quatro Ecopontos na cidade. "O primeiro vai atender a região do Jardim Europa e posteriormente serão construídos em outras três regiões", comenta. Ele destaca ainda que todos estarão em funcionamento até o segundo semestre do próximo ano.

O Ecoponto em construção está em fase de alvenaria e ocupa uma área de aproximadamente 300 m2 e contará com piso impermeabilizado, cobertura contra chuvas, guarita de monitoramento, iluminação noturna e baias para acondicionamento de restos de resíduos de poda e jardinagem; madeira; resíduos da construção civil (RCC de pequenas reformas e obras); resíduos volumosos (colchão, geladeira, sofá, etc); pneus inservíveis; lâmpadas fluorescentes; bitucas de cigarro; resíduos eletrônicos; pilhas; baterias e materiais recicláveis.

De acordo com a Sema, com a implantação desses Ecopontos a Prefeitura pretende reduzir o volume de resíduos descartados irregularmente em diversas áreas situadas no município.


Secom Votorantim

terça-feira, 4 de agosto de 2015

CATADORES X URUBUS - A disputa pela sobrevivência no aterro de Votorantim

Notícia publicada na edição Nº129, de 1 a 7 de agosto de 2015, no Jornal Gazeta de Votorantim

Pessoas recolhem materiais recicláveis em meio ao lixo coletado na cidade

Uma comissão formada pelos vereadores Eric Romero (PPS), Lê Baeza (PV), Marcão Papeleiro (PT) e Heber Martins (PDT), esteve na última quarta-feira (29), visitando o Aterro Sanitário de Votorantim. As reportagens da Gazeta de Votorantim e da TV Votorantim acompanharam a visita. No local, os legisladores se depararam com cerca de 70 pessoas, incluindo crianças, dividindo espaço com urubus, cachorros e roedores, na busca por materiais recicláveis. Nos arredores do aterro, existem precárias moradias improvisadas, além de vários veículos, a maioria deles do tipo Kombi, esperando para serem carregados com os materiais selecionados.

Um catador, que não quis se identificar, disse que o trabalho inicia-se à tarde e se estende até de noite, quando chegam os últimos caminhões. Há dois anos fazendo essa atividade, ele conta que chega a ganhar R$ 2 mil mensais e o que mais lhe incomoda é a presença de crianças no ambiente. Ele acredita que isso atrapalha a possibilidade de lutar pela liberação do trabalho. Segundo ele, tem crianças de três anos de idade que são levadas pelos pais, atitude que ele não concorda. O trabalhador tem uma filha de dois anos e disse que nunca a levou para o aterro.

Questionado se já houve uma conversa entre os trabalhadores para resolver essa questão das crianças, ele relatou que existem vários grupos de catadores e o diálogo entre os grupos nem sempre é fácil. Existe divergência entre os grupos, por isso não conseguem um acordo com relação a presença delas. Foi relatado, inclusive, que um novo grupo chegou ao local há duas semanas.

Já um outro catador, que também não quis se identificar, tem uma visão diferente, ele afirma que uma criança estar lá, junto com os pais, é melhor do que estar na rua. Ele pediu ainda para que os vereadores ajudem a legalizar a situação deles. Embora tenha a profissão de pedreiro, optou por ganhar a vida garimpando recicláveis em meio ao lixo.

Mesmo compreendendo que aquele é o meio de sobrevivência que as pessoas encontraram, os vereadores relataram ser inaceitável encontrar famílias naquelas condições e disseram que irão cobrar do poder público soluções para tirá-las dessa situação de risco, mas sem prejudicá-las. “Primeiro quero deixar bem claro que nós reconhecemos a importância que esse trabalho tem para essas pessoas. Nós sabemos que são famílias que sobrevivem desse trabalho, dessa seleção que é feita desses materiais no aterro sanitário. Mas nós não podemos olhar apenas essa questão, temos que olhar também a questão da saúde pública e da própria saúde dessas pessoas. O que nós vimos aqui hoje foi uma cena realmente que nos preocupa e muito, no mundo atual isso não é admissível”, disse o vereador Eric Romero apontando um possível caminho para resolver essa situação. “Precisamos desenvolver políticas voltadas a essas pessoas no sentido de oferecer a elas uma qualidade de vida melhor. Nós tínhamos em Votorantim e precisamos com certa urgência ampliar o projeto das cooperativas, da questão da reciclagem. Acho que isso é uma alternativa, que pode ajudar essas pessoas. Enquanto Câmara Municipal, deveremos elaborar um requerimento, algum documento, no sentido de cobrar do Poder Público Municipal, quais são os projetos, quais melhorias podem ser apresentadas para resolver e ajudar essa famílias, que necessitam com uma abrangência maior do apoio da prefeitura”, completa.

O vereador Heber Martins afirmou que o que viu é chocante e lhe fez refletir como estão sendo conduzidas as políticas públicas e que irá cobrar do executivo soluções. “São várias situações que pudemos presenciar. Posso dizer com todas as palavras é chocante. É degradante. Faz-nos refletir de que forma estamos fazendo nossas políticas públicas em nossa cidade. De como estamos tratando nossa cidade. Como estamos tratando nosso povo. Vimos muitas crianças entre lixo, entre os corvos. É um perfil que a gente gostaria que ninguém estivesse passando. Aproximadamente 100 pessoas, muitas de nossa cidade, outras da região, mas também fica a pergunta”, descreve.  “O município precisa fazer sua parte. Percebemos que é um meio daquelas pessoas ganharem seus recursos, de sustentar sua família, mas não podemos coviver com essa possibilidade que estão fazendo hoje um trabalho, posso dizer, até escravo. Então temos que achar um meio, uma solução. O poder executivo com certeza sabe disso. Vamos cobrar o executivo para ver qual a proposta que ele tem. Lembro-me que nos governos passados foi interrompido porque não aceitávamos isso que nós vimos hoje. E hoje nós estamos nos deparando com tudo isso de novamente” diz.

Ele afirmou também a necessidade de solucionar a questão, lembrando os riscos de saúde que os trabalhadores estão sujeitos. “Nós sabemos que até uma jovem já faleceu em função do lixo. Estamos querendo cuidar das pessoas, cuidar de vidas. Isso pode, às vezes, até trazer alguns transtornos, nós sabemos disso. Mas queremos uma solução e nós vamos buscar uma solução, custe o que custar, porque dói na gente ver crianças catando esses reciclados para seu sustento, mas também, às vezes, comendo alguns alimentos para matar a fome. Eu fico pensativo, saio daqui muito triste, mas nós temos que buscar uma solução para essas famílias o mais rápido possível” complementa.

O sentimento é compartilhado pelo vereador Marcão Papeleiro, que também questionou o que o poder público tem feito pela cooperativa da cidade, cobrando investimento nesse segmento de atividade e com isso que pessoas não precisem se submeter a essas condições para tirar seu sustento. “É decepcionante. Nós, como representantes da cidade, ficamos decepcionados em encontrar as pessoas nessas condições. Elas estão no local porque precisam tirar o seu sustento, a sua sobrevivência. Mas nos deparamos com crianças em condições muito precárias, dividindo espaço com animais. Para nós é decepcionante isso. E o que a gente vê é que é responsabilidade do poder público. O poder público tem que dar uma condição para essas famílias tirarem seu sustento, mas uma condição mais favorável, não essas condições. Não adianta agora o poder público querer tirar as pessoas desse local. Porque tirar as pessoas é fácil. A questão é a seguinte: o que o poder público vai fazer para ajudar essas famílias? O poder público vai organizar essas famílias através de uma cooperativa, que nós já temos na nossa cidade? O que o poder público fez até hoje por nossa cooperativa existente na cidade? Ou seja, se as pessoas estão no local é porque hoje nossa cooperativa não atende a cidade toda, se atendesse a cidade toda, acabaria com uma grande parte desses recicláveis que vem para o aterro sanitário e essas pessoas não viriam ao local tirar o seu sustento”, diz. “Quero aqui dizer que somos favoráveis que as pessoas tirem seu sustento, mas não nessas condições. Eu creio que o prefeito da nossa cidade precisa tomar uma atitude para organizar essas famílias ou investir na nossa cooperativa para que essas pessoas possam tirar o seu sustento sim, mas de uma maneira mais humana e não nessas condições” analisa.

Lê Baeza disse que a situação que encontrou é muito triste e espera que o governo, em razão da visita e declaração dos vereadores, não expulse as famílias de lá deixando-as sem alternativa de renda e pede soluções para que a situação não continue com o está. “É muito triste de ver. Eu presenciei uma coisa muito triste, vendo as famílias tirando seu sustento dentro do lixo e o poder público não vê esse lado desumano, que na verdade já era para ter tomado uma solução, e não, simplesmente, tirar essas pessoas e deixar a ‘Deus dará’. Tem que dar uma solução para essas famílias. Por que não faz ecopontos para a reciclagem também? Já temos na cidade a coleta seletiva, que é muito pouco aproveitada, e vemos essas famílias, que muitas vezes tem que trazer as crianças para pegar o sustento de todos da casa”, conta. “Não quero que o poder público use da minha fala para expulsar as famílias daqui e sim arranjar soluções para elas, que elas estejam em um lugar digno para ganhar seu sustento, colocar os filhos deles na escola, na creche, para eles tirarem seu sustento. Infelizmente eu não esperava que ia ver dessa forma, mas tem aqui muitas famílias ganhando seu pão. Agora, de repente, por causa de uma fala da gente, vão lá e retiram a família e não trazem a solução. Espero que resolvam, mas não pegando essas pessoas, tirando do local e não dando outro caminho. Não dá para ficar na situação que está. É muito bicho, é perigoso pegar uma doença grave, e eles não têm onde recorrer, às vezes a pessoa não tem estudo. Precisa achar um local para que eles entrem no mercado de trabalho porque não dá para ver uma situação dessa. É triste”, complementa.

Nossa equipe de reportagem também observou que os trabalhadores não utilizam luvas, botas e máscaras. Ao ter contato direto com o lixo, as pessoas estão sujeitos a vários tipos de doenças, como a febre tifoide, a cólera, diversas diarreias, disenteria, tracoma e peste bubônica. É comum também sofrerem ferimentos em razão de vidros e outros materiais cortantes despejados pelos caminhões.

A lei número 12.305, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos no país em 2010, proíbe a atividade de catação nas áreas de disposição final de resíduos ou rejeitos.

A Prefeitura de Votorantim informou que tem conhecimento que no local há catadores de recicláveis. De acordo com o poder público, “o local é invadido após o final do expediente normal do Aterro que se dá às 16 horas, inclusive por pessoas de outros municípios. E neste sentido, a Prefeitura realiza estudos para barrar o acesso ao local de pessoas não autorizadas e alheias aos serviços realizados no aterro”, informou por meio da assessoria de imprensa.

Questionada sobre quais opções a cidade oferece para esses trabalhadores não atuarem mais nessas condições, a Prefeitura de Votorantim informou que “quem quer trabalhar com recicláveis deve procurar a Cooperativa dos Catadores de Material Reciclável de Votorantim (Coopervot)”.

A composição do lixo urbano depende dos hábitos da população, mas estima-se que em torno de 65% do lixo doméstico gerado é de matéria orgânica e 35% de materiais que poderiam ser reciclados.
 
Em reportagem publicada pela Gazeta de Votorantim em 14 de fevereiro deste ano, a Secretaria do Meio Ambiente (SEMA) informou que cerca de 110 toneladas de material reciclável são recolhidos mensalmente nas casas pela Coopervot e que esse número poderia bater a casa das 150 toneladas se considerado também os catadores que trabalham de maneira informal nas ruas da cidade. Ainda de acordo com dados fornecidos pela SEMA na ocasião, os caminhões de coleta levam para o aterro sanitário 2.150 toneladas mensais de lixo, o que concluiu-se que, somando com o material que é reciclado, a cidade recicla apenas 6,5% do lixo total gerado.

De acordo com a Prefeitura de Votorantim, atualmente a coleta seletiva atende 60% dos bairros e existe um estudo para ampliá-la em 40%, chegando a toda a cidade. Hoje, 38 pessoas trabalham na Coopervot.

Sobre a ativação de Ecopontos, a assessoria de imprensa encaminhou a seguinte resposta: “A Prefeitura vai implantar 4 Ecopontos no Município e trabalha atualmente na adequação de uma área para esse fim no Jardim Europa. Ainda não é possível estabelecer data para entrada em funcionamento dos Ecopontos devido às etapas a serem seguidas para suas instalações”. (Colaborou Luciana Lopez e Werinton Kermes)