Notícia publicada na Gazeta de Votorantim de 18 a
25/04/2014
Da construção da antiga Sano
restou apenas a estrutura, que está sendo demolida
O
terreno do antigo prédio da empresa Sano S/A está sendo limpo e o que restou da
construção demolido. Localizado na Avenida 31 de Março, logo na entrada
principal da cidade, por muitos anos a área ficou abandonada, prejudicando a
paisagem urbana e a valorização do entorno.
O
terreno, de 105.476 m² foi doado pelo então prefeito Erinaldo Alves para os
proprietários da antiga empresa em 1974 visando à preparação do local para
abrigar a produção de telhas de cimento amianto. A Sano já atuava no mercado de
fabricação de telhas há mais de 50 anos.
Cerca de 600 novos empregos foram gerados,
porém a empresa foi afetada pela lei que proíbe o uso de amianto na produção de
produtos, e precisou diminuir sensivelmente sua produção, começando pela
unidade de Votorantim, que acabou sendo desativada. Em 1998, o Colégio Carlos
René Egg comprou a área, através de um empréstimo de R$ 2,3 milhões no Banco
Rural, mas após poucos anos, sem saldar a dívida, o Banco ficou com a área. A
área foi dividida e vendida a quatro pessoas, mais tarde o empresário Manoel
Ponce localizou todos os donos e comprou toda a área.
Neste
ano, observa-se a presença constante de maquinário efetuando a limpeza e a
demolição do prédio.
Há
cerca de um ano, o consultor executivo, Dr. Marcelo Ponce, administrador da
área, reuniu-se com os vereadores da cidade Marcão Papeleiro (PT), Eric Romero
(PPS), Pedro Nunes (PDT), Heber Martins (PDT), Lê Baeza (PV), a pedido do
vereador Heber. Segundo os vereadores presentes na reunião, Ponce falou de suas
pretensões. “Ele não apresentou nenhum projeto específico para área. Mas sabemos
que, como empresário, possui a pretensão de obter lucros com um novo
empreendimento no local. Com a inauguração do Shopping Iguatemi, ele poderá
avaliar o que pode ser realizado no terreno e a destinação mais rentável que
dará à área. São poucas as atividades comerciais que ele pode prestar ali
devido à concorrência do shopping, então ele vai fazer a demolição do local e
esperar que alguém tenha uma ideia muito boa, porque no momento não existe
projeto de obra, pelo o que sabemos”, contou Pedro Nunes.
O
atual proprietário teve que resolver um outro problema antes de começar a
pensar em algum projeto para a área, a descontaminação do solo. “Durante mais
de 20 anos a área teve infiltração de óleo diesel no solo, causando contaminação,
e por isso a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB) deu um
prazo para eles descontaminarem toda essa região. Recentemente eles adquiriram
a liberação para demolir a construção, mas, de acordo com o administrador, não
está previsto um investimento imediato. Comentou-se em construir um hotel com
centro de convenções, enfim, ele tem ideias boas, mas está aguardando a definição
do melhor projeto”, afirmou Pedro Nunes.
A
nossa equipe de reportagem tentou ouvir o administrador da área, porém não
obteve sucesso. (Colaboração César Silva. Supervisão: Luciana Lopez)
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