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| Foto: Valdinei Queiroz |
Valdinei Queiroz
Ao lado da escola municipal Professor Walter Rocha Camargo e próxima à creche Rosa Pereira, na Vila Nova Votorantim, há um terreno abandonado que se tornou local de despejo pelos próprios moradores de resíduos domésticos e restos de móveis residenciais, inclusive, um sofá. O mau cheiro é intenso, especialmente quando o sol beira aos 30 graus, como é de costume neste período do ano. Parte da rua Odete Gori Bicudo, onde está localizado o odor, está intransitável devido à quantidade lixo espalho pelo local.
Segundo a dona de casa Aparecida de Oliveira, 63 anos, que passa diariamente pela via pública, a situação do lugar está desse jeito há pelo menos quatro meses e ela conta que está preocupada, já que o bairro tem focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika vírus e chikungunya. Aliás, a assessoria de imprensa da prefeitura local enviou release à imprensa nesta semana confirmando que um morador do bairro está contaminado com dengue. A Secretaria de Saúde preferiu não informar o sexo, idade e onde o munícipe pegou a doença, não dizendo o porquê.
Durante a reportagem, uma moradora cobriu o nariz com a camiseta, pois o meu cheiro estava insuportável. “Não sei como vocês (mencionando a reportagem) aguentam ficar há tanto tempo nesse lugar. O odor é intolerável.” No próximo dia 11, uma quinta-feira, os estudantes da Walter Rocha Camargo voltam às aulas e, caso não for resolvido a tempo, terão que sentir esse odor desagradável. Na parte interna do colégio, inclusive, há mato alto, sobretudo na área de lazer dos alunos, assim como na creche Rosa Pereira.
Já a cuidadora infantil Clarice Ramos, 55 anos, comenta que já encontrou no terreno cobra e outros bichos peçonhentos. “Não venho mais visitar minha mãe à noite, porque é perigo e não há iluminação.” Ela conta que há muito tempo que as lâmpadas dos postes estão queimadas. Esse terreno também dá acesso a outro bairro, que é o Conjunto Mário Augusto Ribeiro (Promorar).
Na Praça Recreativa e Esportiva denominada de “Amadeu Flora”, situada entre as ruas João Souto de Campos com a Antônio de Almeida, inaugurada em novembro de 2012, a comunidade depara-se com mato alto, brinquedos quebrados, cancha de malha com pequenas danificações e as marcações apagadas, cobras e insetos são presentes no local.
Segundo o fiscal de ônibus Josivan de Carvalho, 40 anos, há pelo menos cinco meses que a praça encontra-se desamparada, sem nenhuma manutenção feita pela prefeitura local. “Já que pago muito imposto, a administração pública deveria implantar um Ecoponto aqui, para acabar com o entulho que é jogado pelos próprios moradores.” Além disso, Carvalho solicita mais fiscalização por parte da prefeitura, o que diminuiria a quantidade de sujeita que fica na praça.
Promorar
No Conjunto Mário Augusto Ribeiro (Promorar), segundo moradores, o Programa de Amparo ao Menor de Votorantim (Proame) está abandonado e com mato alto, assim como a creche Olímpia Pozza Bebber, que também está nessa situação.
A Secretaria de Serviços Públicos informou que os serviços nesses bairros constam na programação para serem executados hoje (06) e segunda-feira (08).
Casos de dengue
De acordo com a prefeitura, as ações de prevenção e combate ao Aedes aegypti seguem intensas em Votorantim. Na Vila Nova, por exemplo, o bloqueio será realizado até este fim de semana. O mesmo trabalho também vai se estender a outras localidades.
Segundo a Secretaria de Saúde, caso alguém apresentar febre alta, forte dor de cabeça, dor atrás dos olhos, perda do paladar e apetite, manchas na pele, moleza e dor no corpo, dores nos ossos e articulações, deve procurar a unidade de saúde mais próxima de sua casa.
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